18 May 2019 03:34
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<p>Em parceria com a Assunto - Revista de Cinema, antecipando a tua próxima edição, publicamos o texto que o autor da série “Comédias e Provérbios” dedicou ao último filme do renomado humorista e cineasta. Charles Chaplin com o elenco de A Condessa de Hong Kong. O maior elogio ao cinema veio de um diálogo entre um cineasta e um cientista: “O que mais admiro na sua arte, Sr. Chaplin, é sua universalidade.</p>
<p>Você não diz uma frase, no entanto o mundo entende você! ”. “É verdade. Entretanto sua glória, Sr. Frases Pra Cartão De Visita: Como Fazer O Teu , é ainda maior! Direitos Que Foram Perdidos Por Heterossexuais Pouco tempo atrás mundo te admira, mesmo que eles não entendam uma frase do que você diz”. O último video elaborado por Charles Chaplin foi tido, à época do seu lançamento, como pouco mais que uma deprimido conclusão à obra de um dos grandes pioneiros do cinema.</p>
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<p>Na década em que eclodem a nouvelle vague, os cinemas novos e as vanguardas experimentais é o filme terminal de um velho cineasta que suscita, no autor de O Celuloide e o Mármore, o interesse pela modernidade? Menos paradoxal do que parece, a admiração de Rohmer mostra na realidade uma aptidão de amplo técnica sintética. Foi um vigor análogo que nos guiou durante os trabalhos da próxima edição de nossa revista, a qual entrará no ar proximamente. Detalhe do poster francês para a Condessa de Hong Kong. Tenho algum escrúpulo, é escusado narrar, em tomar a batuta de Bazin, ainda mais que, disposto a segui-lo em tudo, só faço exceção quanto a isto no episódio sobre Chaplin.</p>
<p>Afastado de sentir teu entusiasmo por Verdoux ou Calvero, odiei-os muito cordialmente, do mesmo jeito que Shahdov, único ponto em que concordamos. Entretanto talvez essa minha aversão não passe de homenagem disfarçada: no momento em que vi A Condessa de Hong Kong (A Countess from Hong Kong) foi a paixão total. Ao oposto de Bazin, que explicava Chaplin por Carlitos e seu mito, eu adoraria de estudar Carlitos à luz de Chaplin e tua direção, a qual nos é oferecida por aqui - como outrora em Casamento ou Luxo? Pouco importa que meus argumentos sejam de natureza oposta aos de Bazin, e às vezes inclusive totalmente antagônicos.</p>
<p>Fico feliz de aproveitar a chance para me reencontrar com ele: que Chaplin era, no fundo, seu predileto, e o vídeo que, nos anos 1960, de fato me entusiasmou e inspirou sobre o cinema das ideias inovadoras foi pontualmente A Condessa. Dito isto, de imediato falou tudo, que meus pensamentos são indizíveis.</p>
<p>A bem da verdade, nem são pensamentos, mas intuições, pressentimentos. Ele não se Começar Novamente: Mulheres Contam Como Recomeçaram Depois da Separação , visto que ele respectivo é o começo explicador. Poderá-se dizer tudo pela Condessa, nada sobre o assunto ela. Aliás, como apresentar de um video cujo principal mérito reside propriamente na problema de se dizer dele? Ora, em toda a história do cinema os vídeos de Chaplin são aqueles que conseguiram ser os mais comentados.</p>
<p>São também os mais fáceis de revelar. Suas gags fazem rir “no papel”, ao passo que aquelas, digamos, de Buster Keaton não podem se conter em termos de discurso. No universo conceitual de Carlitos, o equipamento vale pela ideia que se prende a ele - sua atividade habitual ou desviada -, insuficiente importam sua forma, suas dimensões.</p>
<p>Elas são determinantes, ao inverso, em Keaton, no qual o cômico pode nascer sem fonte alguma à atividade, ao tamanho ou à maneira do motivo exposto. Até aqui, nada de comicidade franca, a despeito de algumas réplicas engraçadas e do pitoresco de “papai Clark”: o riso ainda é promessa no descompasso entre o exterior das protagonistas e o papel que objetivam exercer.</p>